Já tentou chamar a atenção de um jovem quando ele estava jogando videogame? Chamou, chamou e ele nem parece que ouviu? Aí você teve de se colocar entre ele e o monitor, ou desligou o jogo na cara dele, ou teve de dar um safanão no menino, ou teve de gritar. Pois é, a reflexoterapia é exatamente isso.
Imagine o estômago se comunicando com o cérebro: pode parar a produção de ácido clorídrico, já tem suficiente. E o cérebro está ligadão no “videogame” dele: o condomínio está vencendo e eu estou sem grana, o cheque do cliente voltou, tenho de preparar uma apresentação para amanhã e não vai dar tempo, tenho de pegar meu filho no colégio, meu patrão me dá trabalho demais e depois reclama que eu não faço as coisas direito e minha mulher está pedindo que eu gaste mais tempo com ela e com as crianças etc. etc. etc. O cérebro não escuta o estômago porque está ocupado demais com seus problemas (estresse) e aí, não por acaso, aparece uma úlcera no estômago! Ou o corpo está dizendo para o cérebro que precisa descansar mas o cérebro está no “videogame” descrito acima e não consegue se desligar. Insônia! E prisão de ventre, e má digestão, e TPM com cólicas, e um monte de outras coisas.
A reflexo é o safanão que o cérebro precisa para “acordar” e prestar atenção no que as diversas partes do corpo estão lhe dizendo. O estímulo dado nos terminais nervosos do pé (ou da orelha, ou da mão, ou de qualquer outra área reflexa) é doloroso. A dor se sobrepõe ao “videogame” do cérebro. Esse é o safanão! Quando maior a dor, maior o safanão para o cérebro prestar a devida atenção ao resto do corpo. Aí ele começa a responder às necessidades do corpo e a regulá-lo corretamente.
É parecido com o arco-reflexo que o médico pratica no joelho do paciente. Veja abaixo.
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